sexta-feira, 5 de abril de 2013

Gratidão (Obrigado, Senhora)

Na certeza do amor incondicional de uma mãe é que fiz isso.
Obrigado, senhora.
De tua carne eu vim, então, que dela voltes a mim.
Do leite ao sangue - para alimentar aquele que sente fome.
Dentre todas as maneiras, não outra mais amável e natural, senão essa.
A mãe que dá a vida pelo filho, é normal, mas tu fizestes mais.
A coroa de espinhos te falta no momento em que tomo em nossas mãos
            o teu corpo e, involuntariamente, salivo.
Aquele que sente fome e não a supre, morre.
Animalesco e humano são palavras aparente opostas, porém complementares em explicar
             os descendentes de Adão e Eva, todos amaldiçoados.
Sou homem e tu és mais, és mãe, és Deus.
Em situação de pobreza tamanha, vejo-me fraco no inverno.
Encaro a face da morte pela desnutrição aguda, entretanto, felizmente,
              aparece este anjo, que, sem leite, dá sangue.
Obrigado, senhora, por tua carne alimentar a minha e ver em teu rosto,
              a última e maior expressão de amor.

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