terça-feira, 9 de maio de 2017

05.10.2017

Pronto para embarcar em uma máquina que me faria viajar no espaço-tempo, ainda do lado de fora, deparei-me com um portal que me fez ir tão longe quanto não sabia ser possível chegar. Perdi. Fui imerso em um fluido de altíssima densidade onde pude continuar respirando. Morri? Da mesma maneira que algo mudou repentina e radicalmente há cinco meses, algo tão singelo excitou meu sistema, livrou-me de fronteiras, querendo ou não, de tal maneira que cada partícula de uma pesadíssima nuvem entrou em ressonância. Naquele momento algo ganhou vida. Questiono-me a respeito de meus planos até então firmados e aparentemente sólidos. Tão frágil. Com tudo o que tem acontecido desde esse momento, o agora parece uma realidade alternativa na qual vivo para morrer e produzo para ser consumido. O que acontece quando uma fonte inesgotável de energia encontra o zero absoluto? Talvez não esteja tão curioso como gostaria, porém, amanhã algo vai acontecer. Devo emergir e, mesmo que esteja com vida, sei que morrerei.

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