quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Delírios líricos

Arrepios percorrem minha espinha, agora gelada e com as vértebras embaralhadas. Essa foi uma madrugada difícil. Fui contra as leis por você, com a sensação de que a alcançaria. Quando eu era um garotinho, tudo estava bem. Eu gostaria de dizer não, não, não, você está errada, mas hoje fez eu sentir como se nunca tivesse nascido. Quem pôs essas coisas na sua cabeça para te torturar incansavelmente? Você disse que sabe como é estar morta, que sabe como é estar triste. Estou louco ou isso não é nada? Quando eu era um garotinho, tudo estava bem. Você disse que se arrepende. Faz-me sentir como se nunca tivesse nascido. Os barulhos das teclas pressionadas com força deixam-me tão legal, é quase como um  carinho de mãe. Eles são os estalos de meus ossos abalados, trocados. O cerebelo nem sabe mais o motivo de estar lá. Tudo está vindo à tona, vindo abaixo tão rápido, logo quando se pensa que está chegando a algum lugar. E o que é isso, confusão? Daria tudo por um pouco de paz de espírito, por algo que me fizesse parar de digitar meus delírios líricos, de expô-los para o mundo negro. Como gostaria de cantar "Ei, Jude, não tenha medo, você foi feito para sair e conquistá-la", mas tudo o que me vem a mente é "Você sabe bem que é um tolo, finge estar numa boa, tornando seu mundo um pouco mais frio". O que estou fazendo? Figuras aleatórias de uma desilusão numa realidade forjada para mim, por ninguém, em um local inacessível a partir de agora. Não pretendo reler o que acabei de fazer, retiraria todo o sentido da coisa...
 Não estou bem certo.. não estou bem, certo?

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