segunda-feira, 11 de julho de 2011

Desperdício da juventude

Voltei hoje de uma viagem ao Rio de Janeiro, cujo clima castigou-me. 
Estava andando pela cidade e meus tios que sabem muito de política seguiam discutindo sobre o assunto e envolvendo uma grande massa de conhecimentos históricos e geográficos. Simultaneamente fui bombardeado por lembranças de feitos tão importantes quanto recentes em minha vida. Foi bom, estava em um ambiente completamente estranho, com pessoas que vejo pouco e aprendendo bastante.
Nesse passeio, observei o quanto é grande o campo de atuação para as áreas profissionais nas quais pretendo me formar. É impressionante o mundo de infinitas possibilidades para um jornalista, filósofo, professor.. áreas desacreditadas por muitos e valorizadas por poucos. As ruas cariocas são um local propenso à formação de grandes intelectuais, que estão em falta no mercado de almas.
Os moradores das regiões sul e sudeste sempre menosprezaram os nordestinos, contudo, em minha viagem de estudos ao "território inimigo", recolhi informações para afirmar que qualquer relação de superioridade e inferioridade é inexistente. Apesar disso, o local que produz mais intelectuais é o nordeste (atenção, não estou chamando ninguém de burro ou de inteligente). Digo isso pelo convívio com pessoas de minha idade e mais velhas, que lá moravam. É algo bastante alarmante e evidencia não só a questão educacional como cultural em que se encontra o Brasil. Pessoas de quinze anos, em meio militar, fumando, bebendo, matando aula e fazendo festa todos os dias. Adolescentes rumo ao desenrolar plenos de suas vidas e à maior responsabilidade de todas, a liberdade. Muitos deles estragando, fazendo uma matança generalizada de seus poucos neurônios, num momento tão importante, aquele que deveria ser o melhor. É um verdadeiro desperdício da juventude.
Precisamos de um mundo melhor para nossos filhos e o mundo de que lhe demos filhos melhores.

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