domingo, 9 de outubro de 2011

Everywhere man

Neste mesmo dia, em Liverpool e no ano de 1940, nascia John Winston Lennon.
Até o fim de sua adolescência teve suas vida e personalidade marcadas para sempre por certos eventos, como quando escutou rock and roll pela primeira vez numa radio pirata, ter conhecido seu grande amigo, a que se referia como esposa, Paul McCartney, a morte de sua mãe e a formação dos Beatles.
O sucesso imediato que alcançou com Ringo Starr, George Harrison e Paul foi gigantesco, mas somente iria aos Estados Unidos depois de alcançar o primeiro lugar nas paradas, o que fez pouco tempo depois com "I Want To Hold Your Hand".
Apesar dos vários primeiros lugares que conseguiu, do dinheiro e da fama, sentia um vazio profundo dentro de si. Não via objetivo em sua vida, bastava estalar os dedos e seus desejos se realizariam, exceto o de tirar férias. Suas canções eram puramente comerciais e o Lennon real só era visto nos livros e poesias que fazia, isso até Bob Dylan lhe sugerir que fosse ele mesmo em todos os lugares. Dessa maneira, veio à tona o verdadeiro John, em suas primeiras grandes músicas Nowhere Man, cantada por ele para si próprio, e In My Life, uma reflexão sobre a vida e a velhice.
Mais tarde, decidiu-se por defender suas opiniões e passou a influenciar toda uma geração pela paz e pelo amor. Foi a voz do povo, que adotou como hinos as músicas All You Need Is Love, Revolution, Give Peace a Chance, Power to The People e Imagine, as mais famosas. Era conhecido como o Beatle intelectual.
Ele não foi aquele garoto certinho que tantos pensavam, reagia violentamente, era extremamente ciumento, às vezes depressivo (o que pode ser muito bem visto em suas composições e o que fazia com que se desse tão bem com McCartney, a simpatia em pessoa), foi usuário de drogas e numa viagem de ácido quase pulou de um prédio (o que teria ocorrido se Paul não estivesse lá), era egocêntrico e egoísta, etc, etc. Era um ser humano.
Estava perdido até encontrar e ter uma bela história de amor com Yoko Ono. Aí estava o sentido que procurava, amá-la e com ela, fazer de sua vida uma arte, lutando por suas convicções. Defendeu publicamente o fim da guerra, das desigualdades e do preconceito e o reconhecimento das minorias, criticou o governo e a sociedade, fez muita arte (em todos os sentidos) e chegou a criar um país imaginário, Nutopoia, e pedir seu ingresso na ONU. Seu nome esteve junto com os de Marthin Luter King e Gandhi entre os três ícones da batalha em prol da paz, no século XX e chegou a ser vigiado pelo FBI, que armou uma situação para deportá-lo, acreditando que se lançaria na candidatura a presidente dos EUA. John Lennon era o homem mais influente de sua época.
Foi assassinado no dia 8 de dezembro de 1980, o mais triste para milhões de pessoas. John não morreu, apenas está em outro plano e suas heranças para o mundo nunca serão esquecidas.
Em cada lugar do mundo há um pouco de John Lennon, o Everywhere man.

*Em homenagem a John Lennon, que hoje completaria 71 anos se estivesse vivo. Perco-me se for contar quantas vezes ouvir o trabalho desse homem deixou-me bem, ajudou-me a prosseguir, inspirou-me... Obrigado por tudo, onde quer que esteja!

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