sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Palavras de um eu lírico nem tão lírico assim

Você não faz ideia do tempo que passei te observando, pensando em todas as possibilidades, tomando cuidado para não cair numa armadilha, pensando todos os próximos movimentos, sendo mais paciente do que fui em todos os jogos de xadrez dos quais participei e ficando mais nervoso do que na "famosa" apresentação de "Sweet Child O'Mine", na qual fui o Axl Rose.
Não podia desperdiçar nossos momentos sós, quando todos nos olhavam e ninguém entendia aquilo. Meus esforços foram energia convertida em silenciosas ondas sonoras das palavras que já sonhei em um dia pronunciar para você. Nas vezes em que segurava sua mão e olhava em seus olhos, não entendia o que eu queria dizer? Até agora, você não vê? Sempre percebi no seu olhar um amor reprimido, mas em todas as minhas demonstrações afetivas, não sabe que sinto o mesmo?
Amores sempre vêm, amores sempre vão e eu nunca tenho certeza de quem realmente deixo partir hoje. Os corações podem mudar e no instante no qual digo em minha mente que apenas nada dura para sempre, estou me enganando, pois sempre retornamos à mesma fase. Estou nessa busca a tanto tempo que digo francamente, na próxima vez, se quiser me amar, não se contenha e lembre-se que, apesar de ser difícil manter o coração aberto, a rachadura que deixou ao sair sempre estará aberta para quando voltar.
Sonho novamente e essas são palavras que adorariam ser ditas e ouvidas, escritas não por mim,  mas por um eu lírico nem tão lírico assim.

*Não há objetivos expressos no texto, espero que tenham sido "leitores ideais". Fora isso, sem comentários...


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